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Lilypie

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Passeio: ponto turístico mais famoso de BH!

Olá queridas mamães,


Aqui em Belo Horizonte tem feito dias muito, mas muito quentes!!

No domingo passado estava um calorão! Resolvemos sair para dar uma volta em uma pracinha aqui perto de casa.

A praça da Igreja São Francisco, um dos cartões postais mais famosos de Belo Horizonte.




Ah, tá bom, eu não moro aí na Pampulha, por sinal um dos bairros mais caros de BH.

Mas é nas redondezas, e acreditem, de carro é pertinho mesmo, por isto brinquei que fomos na pracinha perto de casa. Na minha juventude bem jovem (pois ainda tenho juventude, nem tão jovem, mas é juventude...) eu gostava de andar de bicicleta na orla da Lagoa da Pampulha.

Aproveitamos o calor e fomos passear na Pampulha e visitamos a pracinha da Igreja São Francisco. Estava tão fresquinho lá.









Mais uma florzinha no jardim:





Oh, ela não arrancou a florzinha, tá? Só segurou com a mãozinha. ( e nem arrancou o cachinho do cabelo também)





Aqui estamos em um dos vários pontos de parada que tem ao redor da Lagoa da Pampulha. Aqui tem lugar para beber água e aparelhos de ginástica. Aliás, senti falta de locais com brinquedos para as crianças, tipo balanço, escorregador. Na falta de brinquedos para as crianças brincarem, elas brincam nos aparelhos mesmo:






Tomamos muito picolé, água e fomos embora para casa às 18:40 da noite! E parecia dia ainda!!
Aninha chegou em casa e capotou!
Beijocas

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Menina bonita do laço de fita

imagem: palavra habitada.

Era uma vez uma menina linda, linda. Os olhos dela pareciam duas azeitonas pretas, daquelas bem brilhantes. Os cabelos eram enroladinhos e bem negros, feito fiapos da noite. A pele era escura e lustrosa, que nem o pêlo da pantera negra quando pula na chuva.

Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laço de fita colorida. Ela ficava parecendo umaprincesa das Terras da África, ou umafada do Reino do Luar.

Do lado da casa dela morava um coelho branco, de orelha cor-de-rosa, olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto em toda a vida. E pensava:


- Ah, quando eu casar quero ter umafilha pretinha e linda que nem ela…


Por isso, um dia ele foi até a casa damenina e perguntou:


- Menina bonita do laço de fita, qualé teu segredo pra ser tão pretinha?


A menina não sabia, mas inventou:

- Ah, deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina..

O coelho saiu dali, procurou uma latade tinta preta e tornou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou aquele pretume, ele ficou branco outra vez.

Então ele voltou lá na casa da meninae perguntou outra vez:

- Menina bonita do laço de fita, qual éteu segredo pra ser tão pretinha?

A menina não sabia, mas inventou:

- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.

O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto.

Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:

- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?A menina não sabia, mas inventou:

- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.

O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticabaaté ficar pesadão, sem conseguirsair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.

Por isso, daí a alguns dias ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:

- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?

A menina não sabia e já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela, que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:

- Artes de uma avó preta que ela tinha…

Aí o coelho - que era bobinho, mas nem tanto - viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios,os avós e até com os parentes tortos. E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.

Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.

Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não pára mais.

Tinha coelho pra todo gosto: branco, bem branco, branco meio cinza, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.

E quando a coelhinha saía, de laço colorido no pescoço, sempre encontrava alguém que perguntava:

- Coelha bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?

E ela respondia:

- Conselhos da mãe da minha madrinha…


Estória de Ana Maria Machado.




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" de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2006, o total de crianças e adolescentes negros e indígenas soma 51% das crianças no Brasil, ou seja, cerca de 31 milhões de brasileiros com menos de 18 anos. Eles são a maioria da população brasileira com menos de 18 anos, mas são também a parcela da população mais vulnerável.




Para se ter uma idéia, 50% das crianças e dos adolescentes, no Brasil, são pobres, no entanto, quando se analisa esse dado por raça/cor, meninas e meninos pertencentes aos grupos indígenas e negros são os mais pobres entre os pobres – 63% e 62% respectivamente."


Dados: Unicef





Hoje é celebrado o dia da Consciência Negra. A sociedade ainda não percebeu o quão é importante esta data! Uma data que não diz respeito apenas às pessoas de cor, mas diz respeito a toda a sociedade Brasileira. O conhecimento sobre as origens africanas, valorizar a imensa constribuição do negro para a formação da sociedade brasileira, mostrar o quanto a escravidão, um ato imposto, subjugou o povo negro, são atos que podem ajudar a derrubar o preconceito e o racismo que existe em nosso país. Você acha que aqui não tem racismo? Você leu direito os dados estatísticos que grifei logo acima?




O racismo à moda americana ou sul-africana talvez não seja tão frequente em nosso país, por isto a ilusão de que no Brasil vivemos uma plena democracia racial. O preconceito e a discriminação racial no Brasil são medidos pelos índices sociais, econômicos e cultuais, que refletem imensas diferenças entre negros e brancos. É com certeza uma discriminação muito pior. Historicamente, muito pouco ou quase nada foi feito para mudar esta situação, desde a abolição da escravatura os negros são jogados a própria sorte.





As discussões e homenagens que cercam a semana da Consciência Negra traz à tona as questões étnicas e raciais e permitem a tomada de consciência crítica, o discernimento que nos tornam capazes de construir uma sociedade mais igualitária e justa, na qual os negros, pardos, mulatos, índios, enfim, toda a população brasileira possa exercer de fato sua cidadania.