Ontem fomos à consulta com a psicóloga infantil. Nesta primeira fase ela conversou apenas comigo e com o meu marido. Relatamos o que vem ocorrendo com a Ana (pra variar, acho que falei pelos cotovelos, rs) sobre os choros e birras intermináveis, as noites mal dormidas, a dificuldade que estou tendo em impor limites a ela. Gostei muito da entrevista e da psicóloga, que me pareceu uma profissional bem experiente. Engraçado, é muito diferente quando você expõe um problema a uma pessoa preparada para te ajudar, é mais reconfortante, você sente mais confiança. Já nesta primeira conversa, a psicóloga me falou uma coisa que mexeu muito comigo e me fez "rever conceitos". Foi o seguinte: durante a entrevista eu havia comentado com ela que eu sou filha única, e que não havia gostado nada desta experiência. Então, eu pensava em ter outro filho para a Ana não se sentir sozinha e não passar pelas coisas que passei. Mas que a questão financeira e a minha idade pesava muito na minha decisão e me fazia ter dúvida em relação a isto, e isto me angustiava. Ela olhou para mim e disse mais ou menos isso: "Isabel, a decisão de ter um filho tem que ser baseada em uma vontade sua, verdadeira. Você não precisa ter um filho porque quer dar um irmão para sua filha, para ela não ser filha única também. Você pode criá-la de uma maneira diferente para que não se repita com ela as suas experiências negativas, e assim talvez esta experiência de ser filha única, para sua filha, seja mais tranquila". Nossa, nunca havia pensado na questão por este ângulo. Realmente eu me preocupo em ter outro filho só para a Ana não ser filha única e passar pelas experiências que passei. Olha, essa psicóloga ganhou muitos pontos comigo, vocês não acham que ela foi no ponto certo?
Agora só para esclarecer, porque ser filha única, para mim, foi ruim? Claro que teve pontos positivos, mas acho que minha mãe pesou a mão no excesso de cuidados, de proteção, também no excesso de cobranças e críticas. Enfim, tudo para mim era redobrado, dos cuidados às críticas também. O resultado disso é que eu fiquei egocêntrica,egoísta, insegura, era muito ingênua. Então, quando fui para "o mundo" não estava preparada, devido à extrema proteção, e o "bicho pegou" para o meu lado, pois a realidade da vida é bem dura, né pessoal? Então eu sofri muito. O meu processo de amadurecimento foi demoraaaaadoooo! Hoje, com o amadurecimento, não culpo mais minha mãe , eu sei que ela fez o que achava melhor, mas não quero repetir isto com minha filha. A psicóloga, com algumas poucas palavras, me fez entender que a solução não é eu dar mais um irmão para minha filha, mas eu buscar criá-la de uma forma diferente da minha mãe, pelos menos naqueles aspectos que achei que me prejudicaram.
Enfim, na entrevista da próxima terça-feira vamos levar a Ana Olívia, para a psicóloga continuar com sua análise.
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quarta-feira, 5 de março de 2008
A entrevista com a psicóloga
Postado por Unknown às 04:34
Marcadores: filho único, psicologia infantil
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Nossa Bel, que legal...
ResponderExcluirEu tenho um irmão, ele é 1 ano e 10 meses mais novo que eu, então a gente brincava mto junto, e quase não lembro da gente brincando... Pensava em dar um irmão pra Ellen, por esse lado, pra ela ter um comapanheiro pra vida toda, pra ela poder ter sobrinhos... Fico pensando se eu e o pai dela faltar, e ela não terá ninguém próximo, porque no meu ver, primos não são como irmãos... Enfim, o tempo passou e a Ellen já tem 4 anos e 1 mÊs, as vzs me pego pensando em outro bb, mas acredito não ter mais coragem pra recomeçar... tudo de novo, fraldas ,mamadas de noite, noites em claro, aff, não sei se quero... Só vc e seu marido podem decidir isso... Mas achei interessante o que a psicóloga falou... A Ellen é bem mimada, mas não chata nem mal criada, ela é bem obediente, mas é mimada sim, tudo o que posso dou, sem pensar em preço, talvez aí esteja meu erro...
bjks!!!
E boa sorte na próxima entrevista!!!
: )